Nunca lhe contes nada
por mais que queiras,
nem a ele nem a ninguém.
Toda a gente tem medos
toda a gente tem segredos
infeliz de quem não tem.
Nunca lhe digas: acabei
não murmures o meu nome
não grites ao chegar ao fim.
Solta a língua num beijo
enterra-o no teu desejo
como me enterraste a mim.
Depois de tudo sereno
passa-lhe a mão no cabelo
no nosso secreto afago.
Não lhe mostres os olhos teus
porque quem olha nos meus
vê a tristeza que trago.
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