segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Inventei uma cor para o teu sorriso

Inventei uma cor para o teu sorriso
dei-lhe um nome que não sei pronunciar
é segredo só meu, é um feitiço,
Que se esconde a cada novo revelar.

E essa cor que traz do vento a liberdade
Traz do sangue o intenso calor da paixão
Traz do gesto simples a verdade
é uma cor que desconcerta o coração.

Esse sorriso é o sol em cada dia
Faz da luz do teu olhar uma lição
Na tua voz a suave melodia
Dos teus dedos vi nascer uma canção.

E o sorriso que me encanta o pensamento
Pintei num quadro em que te fiz a sorrir
Serei pintor que recorda o momento
Em que nasce uma cor por definir!

Esse tom não é de pastel nem de luz
Não o vi em mais nenhum sitio qualquer
é o tom do teu sorriso que seduz
Que me prende ao teu feitiço de mulher!

domingo, fevereiro 27, 2011

Vermelho

De vermelho o pôr-o-sol
o mesmo vermelho és tu
Vermelho do sangue quente
que pulsa corações
Vermelho o desejo ardente
Vermelhas as sensações
Quando o dia se deita
na areia à beira do mar
Deixa o recado na praia
No aroma que fica no ar

quinta-feira, fevereiro 24, 2011

Na hora do desejo




na hora do desejo vejo um beijo
que nasceu na polpa dos teus dedos
na hora do desejo sinto um beijo
que aflora nos teus lábios em segredo
na hora do desejo sopro um beijo
que percorre o teu corpo sem ter medo

E tudo à nossa volta tem um fim
E os corações fazem sentido
num abraço consentido
de dois corpos que se adivinham

Na hora do desejo mais um beijo
na orla do teu olhar a fazer-me estremecer
Na hora do desejo cala o beijo
A boca que falava sem saber o que dizer
Na hora do desejo serena o beijo
Dois corpos se dissolvem com o novo amanhecer

E não há fim da nossa história
o momento e o sentimento
que ficam eternamente
gravados na nossa memória

E eu perco-me em ti.

segunda-feira, fevereiro 21, 2011

A Luz da Tua Sombra



A tua sombra pintou
os lençóis vadios em que me deito
o teu cheiro invadiu o quarto
o tempo parou
os nossos corpos detiveram-se
num eterno instante
a distância entre nós
era um mar sem fim
que tombou no leito
os sentidos alerta
os sentires acordados
na diáfana da madrugada
inventámos um beijo
os olhos abertos
unimos os dedos
entrelaçámos as mãos
e num gesto desprendido
como vela que apaga a chama
fomos o mundo todo
que se ergueu da cama.
a luz da manhã aberta
despertou-me do desvario
no ar a tua presença
num quarto que ficou vazio.