quinta-feira, maio 26, 2011

Saia de gaiata




















Saia de gaiata dançante
tombando da tua cintura
num andar hesitante
de tão inocente ternura

Teus passos são desafio
de mulher forte e formosa
que vendo o meu desvario
me olha, sorri e goza

Se não fosses tão bonita
e tão inocente a graça tua
não parava, acredita,
até te poder ver nua

Quando despida por fim
tivesses a saia no chão
eu roubava para mim
essa peça de tentação

Ah quando eu puder mulher
erguer-te a saia sem medo
ao ouvido te vou dizer
o meu mais doce segredo


Tu mulher eu em teu seio
encostado ao peito teu
Serei um novo menino
que o teu colo acolheu!

terça-feira, maio 24, 2011

Diz-lhe num sussurro breve
























Diz-lhe num sussurro breve
as palavras curtas do desejo
enquanto num olhar profundo
lhe dás o sabor do beijo
que faz dar voltas ao mundo


Dá-lhe um abraço apertado
junta os vossos corações
no toque do seio discreto
desperta-lhe as sensações
que inundam o peito aberto.


Diz-lhe de um segredo
de corpos sem lei nem Deus
sem peso ou pecado mortal.
Seus lábios nos lábios teus.
Bebe-lhe da boca o sal.


Diz-lhe duas palavras
como ondas espraiando areia
num movimento marginal
que preenche a maré cheia
num fluir sensacional.



Diz-lhe para que saiba
que a liberdade tem gosto
e na orla da tua saia
serve-lhe o luar de Agosto
com o cheiro da tua praia.



Alexandre Oliveira in In-fidelidades

sexta-feira, maio 20, 2011

Esta noite o teu beijo



Esta noite o teu beijo
fez fluir em mim
águas sem tempo
sem passado nem futuro.
Esta noite o teu beijo
foi a carícia inesperada
de um presente que se recebe
sem pensar.
Esta noite este teu beijo
quer fosse ou não o teu desejo
foi a conjugação presente
do indicativo mas intenso
do nosso verbo amar!
Esta noite este teu beijo
que estreitei ao peito com carinho
é o presente que guardo
para que me faça companhia
quando me deixas sozinho!

quarta-feira, maio 18, 2011

quarta-feira, maio 11, 2011

Deixa-me

Deixa-me tombar em teu regaço
aninhar-me no teu carinho
como se o mundo me esquecesse
por momentos

Deixa-me beber no teu olhar
na fonte que sacia o meu desejo
nos lábios mais secretos
do teu ser

Deixa-me ser tua e tu seres meu
deixa-me no sonho por sonhar
conjuga num gesto de ternura
o mundo inteiro

Deixa-me ser eu
Deixa-me ser tu
Deixa-me ser em ti!

Nada mais havia

Quando te olhava nada mais havia
nem luz nem sombra
nem noite nem dia

Quando te olhava nada mais havia
nem desejo nem limite
nem real nem fantasia

Quando te olhava nada mais havia
Nem corpos nus nem roupa
nem o tempo se desvanecia

Quando te olhava nada mais havia
Nem fora nem dentro
nem tempestade nem calmaria

Estava eu, estavas tu
numa mágica sintonia
E quando te olhava nada mais havia

sexta-feira, maio 06, 2011

Beijo




Beija-me como da outra vez...

Sabes que o teu beijo ainda mora em mim?

Falai-me de beijos longos
a mim,
que tenho um beijo
que não tem fim.

Um beijo que me ofereceste
sob uns pinheiros bonitos...

Se me desses outro beijo
Eram dois... infinitos!

segunda-feira, maio 02, 2011

Tu és um poema que descubro devagar


Manara


Se eu pudesse morder essas costas,
em dentadas famintas, por saber teu sabor?
Com a minha mão no teu ventre,
num toque diferente, descobrir o teu calor?
E se ao fundo das costas
num passeio de mão,
descobrisse um caminho.
Aprendia contigo um
mapa secreto de novos carinhos?
Tu és um poema,
que descubro devagar
com o toque da mão.
Tu tens planícies.
Tens montes e vales,
E nos dedos da mão
o saber secreto
e que bem que sabes!