quinta-feira, fevereiro 24, 2011

Na hora do desejo




na hora do desejo vejo um beijo
que nasceu na polpa dos teus dedos
na hora do desejo sinto um beijo
que aflora nos teus lábios em segredo
na hora do desejo sopro um beijo
que percorre o teu corpo sem ter medo

E tudo à nossa volta tem um fim
E os corações fazem sentido
num abraço consentido
de dois corpos que se adivinham

Na hora do desejo mais um beijo
na orla do teu olhar a fazer-me estremecer
Na hora do desejo cala o beijo
A boca que falava sem saber o que dizer
Na hora do desejo serena o beijo
Dois corpos se dissolvem com o novo amanhecer

E não há fim da nossa história
o momento e o sentimento
que ficam eternamente
gravados na nossa memória

E eu perco-me em ti.

2 comentários:

Luís Galego disse...

Não é fácil fazer um comentário a um poema, mas ainda assim não queria deixar de manifestar a beleza que "na hora do desejo" encerra...muito bom!

Unknown disse...

Vi o link deste seu poema no facebook. Com a 'pressa' de comentar o conteúdo de outros comentários, que tinham a ver com o conceito associado ao nome do blog, não dei a devida atenção ao poema, que é ... lindíssimo! Subscrevo as palavras do Luís. Parabéns, Alexandre!
Conceição Ferreira