Como me faltam as palavras no teu silêncio
esse silêncio que me atinge o peito como um coice
que me lavra a solidão mais funda
Na terra árida não há fartura
o leite
a carícia
o ventre pleno
a sã loucura!
sábado, julho 28, 2012
quinta-feira, julho 05, 2012
O Mapa do Teu Corpo
Na tua pele suave
vibrando sob os meus dedos
um mapa de tesouros
escondidos
esquecidos
segredos
Um mapa para ler devagar
ao sabor das ondas
e do vento suão
dos desejos
que desenho em ti
com a palma
da minha mão
Sem pressas juvenis
e sem estradas
definidas
sou um peregrino
trançando um novo caminho
para unir as nossas vidas.
segunda-feira, junho 18, 2012
Hoje a boca
domingo, março 18, 2012
Dedos
lembro-me do chão onde nos amámos
do soalho duro em que moldámos os nossos corpos
e do tecido suave em que nos envolvemos
esta pele de dedos e sol
mármore branco
a tua joia rubi
leite, mel, amêndoas
dedos compridos
dedos atrevidos
imensos
em ti, em mim, na pele
nos sonhos nos segredos
nas coxas
a última peça de tecido
o reduto da moralidade
a fragilidade da muralha
que o desejou derrubou
só não sabe do que falo
aquele que nunca amou!
sábado, março 17, 2012
Embala-me
Segura-me em teus braços
aperta-me no teu peito
deixa tombar sobre o meu rosto os teus cabelos
Conta-me devagarinho
uma história de encantar,
um poema, uma cantiga, um soneto de amor eterno.
E como numa dança,
como mãe e criança,
domingo, março 04, 2012
Sentir
Fechar os olhos e sentir
Sentir a pele que vive
Sentir o chão que vive
Viver no chão
Viver do chão
Ser dedos
Ser palmas
Ser pés
Ser mãos
Ser boca
Ser curvas e linhas dos nossos corpos
Ser curvilínea no toque
Ser toque
Ser carícia
Ser arrepio
Ser manta estendida no chão frio
Ser corpo a abrir
Ser, ser... Sentir!
quarta-feira, janeiro 11, 2012
Mar é
Tu és Mar, A Mar és tu!
Falam-me de gente que é água
que agua e desagua
e corre sem destino
como vento em desatino.
Tu falas-me de muros e represas
de vontades imensas
de domar a natureza..
são loucos com certeza!
Eu falo-te de como vejo o mundo
para mim é assim que é
tu és a força da Lua
puxando para si a maré!
Melodia da Lua Cheia
No silêncio aveludado da noite escura
entrou atrevido pela janela
um tímido raio de Lua.
A paisagem fez-se luzidia,
com a luz nas curvas do teu corpo
a desenhar montes e vales,
a revelar segredos quentes e palpitantes
e recordar as gotas de suor
e os ternos suspiros já distantes.
No enleio mágico em que me cativas
o perfume azul e prata do teu corpo
agita-me os sentidos e o sentir...
E de repente sinto surgir,
como pianista que se aventura
perante a mais exigente plateia,
a suprema melodia de se ouvir
tocada no teu corpo à Lua cheia!
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