INTERSTÍCIOS
Tens ventre de terra-mãe
Nas florestas tropicais
De dentro de ti fluem
Fragrâncias primordiais
Tu és fonte cristalina
De água para beber
Tens sorriso de menina
Tens da loba o saber
Nesse corpo diamante
De jóia por lapidar
Há um rio inconstante
Que corre em busca do mar
Há uma alma que grita
Em rituais sacrifícios
Espaço vazio que fica
Em secretos interstícios
Foram apenas palavras
Num poema por escrever
Versos que te inundavam
O espaço por preencher
Debaixo da pele te corre
Um rio de amor sem fim
Um desejo que não morre
Contigo abraçada a mim
Os interstícios que houvesse
Da mais pequena medida
Ah, meu amor se eu pudesse
Enchia-os todos de vida!
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